11/28/2006

Perdedores de Cara

Escuro
Escrevo
No
Escuro.
Com meu pente de sei lá quantos mil
Dentes
Insisto
Concrito
No
Meu
Livre Arbítrio.

Penteio a Treva
E minha caneta
Neva
Quase cinza.

Esfria
Na paulatina
Covardia do existênciar.

Sou saudade
Da solidez
Que
Se
Di
Lu
Í
Ia
Eu
Sol
vente
Sem jamais brilhar.
D.V. (01/08/05)

(...)

Sou fruto de um galho quebrado
De uma árvore seca
Num solo rachado
Por uma intempérie
Chamada acaso

por Dbreda

dA(s) aRTeS dE LeR... (?)


O leitor que mais admiro é aquele que não chegou até a presente linha. Neste momento
já interrompeu a leitura e está continuando
a viagem por conta própria.
("A arte de ler", "Caderno H", Mário Quintana)
.....................................................................................................
tela de R. Magalhães

Não-identificado

A.N.I.

Em um mundo particular, construído por utopias estáveis, vive um andarilho a vagar por sua insanidade, à procura de lucidez...
Esconde-se por trás de um muro de absurdos...
Não quer que o mundo real lhe veja...
Sente vergonha de si mesmo, pois tudo que construiu até hoje foram...
“Relações descartáveis”
das quais está cansado.
Sente falta de...
“Algo Não Identificado”
Um sentimento indescritível o consome a cada dia,
Um sentimento novo,
já que a tristeza e o vazio foram expulsos de
Seu universo
inconstante, sufocante, supérfluo.
Não sente nada se não vergonha de si mesmo
Pois tudo que construiu até hoje foi um coração petrificado e...
“Algo Não Identificado”


Por Alân Saymon.
Em 25/10/2006.
As 19h e 40 min.

Estas LinNhAsToRTas...

Certa vez um sábio poeta disse:
"Deram um copo de cachaça para a arte
e ela caiu bêbada!"
Não disse ele que logo em seguida
ela se levantou
ergueu monumentos
e cambaleou...
olhou para os lados
e desenhou quadros...
olhou para o teto e passagens pintou...
depois finalmente tombou!
No chão, caiu de testa
escreveu livros...
ficou quieta.
Tão quieta que adormeceu!
sonhou com um tempo de altivez,
lembrou de esculturas,
que no passado fez.
Estátuas imóveis e mudas...
igual ao seu estado de embriagues!
Quando despertou de seu sonho,
a arte viu tudo desconexo e embaçado...
percebeu que havia mudado,
após o seu coma fantástico!
Registrou tudo para não esquecer da ocasião
e avaliando seus instintos e sua atual situação,
chegou a uma fascinante conclusão:
com um novo copo na mão,
brindou com o tempo,
seu antigo irmão
e fugiu da razão!
Deixou-se levar pela emoção
e no ápice de sua decisão,
em pleno estado de Lucidez
ou insensatez,
bebeu outra vez!

"Reflexões Históricas acerca de um coma alcoólico"
por Darlan Amorim

Do espírito da Coisa...



(...)"Já me borrei de tanto rir ouvindo 'O Infinito' sendo explicado...
Se 'sendo' é um verbo, prefiro ficar sendo calado." (Raul Seixas)