2/03/2007

Advérbio














Nunca mais. Nunca mais saíra dali um lampejo de criatividade. Uma fagulha de vivacidade.
Jamais. "Jamais", dizia na frente do espelho.
E sentada, com as pernas cruzadas, bebia, cuidadosamente e aos goles, o café que fervia.
Prometia. Jurava que não.
Mas sabia que promessas suas eram sempre sem precisão.
Acreditava. Fingia ao máximo que valeria a pena.
Fato é que não sabia até onde e nem quando. Nunca passara bem nesses testes.
O negócio é que persistir era aquilo dali, sentar, meditar, misturar o cheiro da cafeína com a fumaça da nicotina.
E Esperar...





Zorieuq De.
22/XI/06

Um comentário:

Anônimo disse...

impressionante!
lembra-me bastante escritos de outrora..
é um prazer ler seus escritos..

(b.)