3/11/2007

Ah! papel branco desgraçado!
é melhor que pares de me encarar
com essa alva indiferença,
ou te verás rasgado e antes disso,
borrado por manchas negras de carvão,
para que não fiquem vários de ti
fitando-me com escárnio!
Olhe que pego um lápis!
... se a ponta quebrar?
jogo-te fora por tal insolência!
.
.
.
se fores reciclado?!
(...)



05.11.2006
20:31
b.

Um comentário:

Luciana Cavalcanti disse...

Bernardo: Agudo e misterioso; meu amigo poeta com as palavras exatas, garimpadas...aqui, achou uma razão da angústia(?) da poesia: os silêncios, os não-saber como/o quê dizer se reciclam, perenizam-se...

"Ah, papel branco desgraçado!"

Valeu, Berna!!!