12/03/2006


Pós(Modernidade)


Sozinho.
Minha porta está aberta,
Mas eu estou só.
Só, sem outrem.
Só, com minhas paixões
E minha paixão por elas,
Só, com o pranto silencioso
De me estourar os tímpanos
E rasgar o peito.
Só, com o fermento da uva que me consome.
Só, sem sombras a meus pés.
Só, com cadeiras em minha sala,
Mas só com cadeiras!
Só, com a fome de um ponteiro de contar segundos.
Só, com a sinuosidade de meus pensamentos
E com os símbolos do sentimento do mundo
Já expresso por corações de homens
Na maior proximidade que podem ter
Da imagem e semelhança do divino feitor,
Só quem me acompanha
Enquanto se me abre a porta
Da solidão em que me encontro.
por Vítor Souza

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